introdução

O Manual para Descobrir Lugares foi apresentado às turmas que nele participaram em Junho de 2013 (1ªedição) e em Setembro de 2014 (2º edição).

Este primeiro momento serve para a equipa de projecto aferir a curiosidade inicial face à proposta, assim como as motivações passíveis de serem encontradas, através de uma conversa informal com as crianças da turma.

A conversa centra-se em questões muito simples acerca do bairro da escola, da relação que as crianças têm com o bairro e dos elementos que seleccionam à partida (o que conheço, como se chama este bairro, moro longe ou perto da escola, etc). Por outro lado, tenta-se aferir também a ideia de viagem e de descoberta, que se constitui como elemento transversal a toda a ideia de "guia" (à semelhança dos "guias turísticos"), e que estava presente no desenho do projecto inicial - necessáriamente "conceptual", em busca de uma "realização" num concreto existencial.

Deste modo, apercebemo-nos de alguns elementos que nos ajudaram a redesenhar e a concretizar actividades para o desenrolar das 15 sessões previstas.

O contributo das professoras responsáveis pelas duas turmas foi essencial quer para a própria conceptualização do projecto, quer ainda para sua realização.

De facto, das primeiras figuras de referência da comunidade na criança (obviamente a seguir à família), destacam-se os professores do 1º ciclo, que são um verdadeiro "continente", que numa primeira linha, é rico em "reservas" emocionais e relacionais.

São estas "reservas" - sempre aliadas aos "tesouros" da família - que sustentam o avanço cognitivo natural ao desenvolvimento: criam-se as condições para que a criança sinta curiosidade sobre o mundo, permitindo inaugurar a relação da criança com o mundo, e alimentar os seu sentimento de pertença a um "lugar". Neste mundo a que pertencem e que lhes pertence, por direito natural de se ser um ser humano no planeta terra.