diário de bordo

O diário de bordo é uma das ferramentas essenciais no Manual para Descobrir Lugares.

É um objecto introduzido na segunda sessão de aplicação do Manual para Descobrir Lugares.

A sua conceptualização pretende contemplar dois objectivos: por um lado é um objecto comum a todas as crianças, pois todas recebem um. Por outro lado, é-lhe imprimido um sentido pessoal, tratando-se de um objecto individual e único para cada criança.

Nesse sentido, o diário de bordo é uma forma vazia à espera de receber todos os conteúdos que as crianças decidam colocar lá dentro.

O diário de bordo deve ser construído tendo em atenção duas áreas fundamentais de investimento (cognitivo, emocional, relacional): a imagem e a palavra. De um modo muito simples, essas áreas são simbolizadas através das características das folhas de papel que as compõem: um determinado número de páginas em branco, um determinado número de páginas pautadas. Não obstante, e apesar desta divisão categorial, estas duas áreas permanecem ligadas, pois pertencem ao mesmo objecto único. Esta ligação permite um fluir orgânico destas duas áreas, próximo do que ocorre naturalmente no funcionamento mental.

Nesse sentido, nenhuma das áreas é estanque: cada criança poderá habitar o seu diário de bordo do modo que melhor lhe convier. Não se pretende criar um espaço passível de conotações formatadas, mas sim um espaço de expressão pessoal - nesse sentido, os conteúdos produzidos não deverão ser "corrigidos" de acordo com preocupações pedagógicas ligadas aos conteúdos escolares tipicamente veiculados pelos programas curriculares.